A sétima temporada de Shark Tank Brasil foi liberada recentemente, no dia 25 de Agosto, e pode ser assistida no Amazon Prime Video e no Youtube, pelo site oficial do programa. Sendo assim, o programa nos oferece diversos ensinamentos voltados ao mercado financeiro. Ao longo deste blog serão mostrados alguns dos mais interessantes e aplicáveis ensinamentos à realidade da Empresa Júnior.
Como funciona o programa:
O programa consiste nos participantes apresentarem seu empreendimento aos “Sharks”, gigantes do ramo corporativo e carinhosamente apelidados de tubarões, com o intuito de convencê-los a investir nele. Após a apresentação, os tubarões avaliam os números levantados pelo convidado e, por fim, é concluído se vale a pena o investimento ou não, tendo em vista os aspectos financeiros e o quão agregador ele seria ao negócio (o “smart money” dele é vantajoso ao negócio?).
Tendo em vista essa dinâmica, um momento extremamente importante dessa etapa é quando os apresentadores do pitch oferecem um percentual de sua empresa que está sendo vendido e por quanto, por exemplo: “10% da empresa por R$1.000.000”.
Seguido da apresentação temos as rodadas de perguntas, que consistem em um momento no qual os “Sharks” fazem diversas indagações sobre o pitch, com objetivo de analisar de forma mais sólida o negócio apresentado e entender se vale ou não a pena investir naquela empresa. Esse momento é de extrema importância tanto para os “Sharks” quanto aos participantes que estão buscando o investimento, pois qualquer resposta errada pode custar um investimento imperdível.
Por fim, os “Sharks” podem ou não fazer propostas para o participante, colocando condições no contrato e mudando a forma na qual ele pretende fazer parte da empresa. Algo importante nessa “fase” é que não se pode pedir menos do que foi proposto pelo participante, ou seja, caso seja feita a pedida de 10% por 1 milhão, o shark não pode diminuir a porcentagem pedida nem o valor. Além disso, o programa fornece um dinamismo muito grande, podendo até incluir mais de um “Shark” na negociação em questão, sendo assim um programa na qual a persuasão é um fator essencial para o sucesso do pitch.
Mas quem são os Sharks?
Como já dito, os chamados “Sharks” são gigantes do mercado que, além de serem figuras de sucesso no âmbito financeiro, possuem um grande smart money. Ou seja, um capital de giro capaz de desenvolver um crescimento exponencial da produção e, consequentemente, dos lucros do empreendimento. Tal aporte financeiro, atrelado à vasta experiência e ao networking inigualável dessas pessoas influentes, torna-se um acordo extremamente benéfico para ambos os lados.
No total existem 6 deles para “abocanhar” os participantes. Alguns são recorrentes, como por exemplo o Caito Maia, fundador e CEO da Chilli Beans; Carol Paiffer, CEO da Atom, João Appolinário, fundador da Polishop e José Carlos Semenzato, conhecido por ser o “pai do franqueado”.
Contudo, na nova temporada foram adicionados 2 novos investidores, que são o Felipe Titto, ator e empresário, e Sandra Chayo, CEO da Hope. Em entrevistas feitas pela revista “Forbes” os novos participantes afirmam que participar do programa será um desafio tanto profissional quanto pessoal, já que estão lidando com sonhos e, para os novos “Sharks”, dizer “não” para um história de vida nunca é fácil.
O grande problema dos participantes
Para o espectador mais fiel, é super comum ver casos onde os empreendedores não têm sucesso nas negociações, e normalmente isso ocorre devido à uma má interpretação e análise dos dados da empresa. Diante desse fato, entende-se como algo pertinente saber e entender quais são os principais motivos pelos quais os investidores deixam de entrar no negócio.
Primeiramente, vale ressaltar que o participante omite algumas informações sobre seu negócio em muitos casos, seja por falta de cuidado ou por interesse. No entanto, os “Sharks”, com anos de experiência nesse ramo, percebem a malícia e colocam o participante em uma “saia justa”, descredibilizando totalmente o negócio e deixando de investir no mesmo.
O quê é o Valuation? De que forma ele está presente no Shark Tank?
Além disso, algo que frequentemente chama muita atenção dos investidores é o valuation. Esse estudo nada mais é que a projeção do valor que um empreendimento ou um ativo possui e são considerados alguns fatores ao fazer tal estimativa, dentre eles as pessoas que atuam diretamente na empresa, o mercado em que ele está inserido e os lucros futuros da empresa.
Esse é um importante estudo a ser analisado por eles, pois está diretamente relacionado com o quão vantajoso aos “sharks” seria pagar por uma “fatia” da empresa. No entanto, o valuation pode se tornar uma arma contra o próprio participante, tendo em vista que, em diversas vezes, o valor de mercado calculado está totalmente fora do real cenário da empresa. A falta de domínio desse empreendedor em relação ao seu negócio é, com certeza, um fator determinante para o não aporte financeiro.
Cenas como a descrita acima são mais ordinárias do que se imagina, e não é algo exclusivo das temporadas anteriores. Com pouquíssimos episódios lançados ao ar, na nova temporada já é possível observar alguns casos onde ideias brilhantes são deixadas de lado por conta do mal cálculo do valuation.
Foi possível visualizar um exemplo desse no episódio das “Casas tecnológicas”, liberado dia 5 de Setembro no canal oficial do Shark Tank no Youtube, no qual o empreendedor Daniel Ribeiro, criador da “Dress All”, encanta os “Sharks” com sua brilhante ideia de criar um sistema de mobília digital. No entanto, peca em seu valuation, fazendo uma proposta de 10% por 10 milhões de reais, o que representa um valuation de 100 milhões de reais, o qual é totalmente infiel à realidade da empresa.
Diante do valuation surreal comparado ao faturamento anual da empresa, de 18 milhões bruto, muitos dos investidores não fazem proposta, por não considerarem esse valor de mercado correspondente ao negócio apresentado naquele momento. O episódio termina com o empreendedor Daniel sem nenhuma proposta, sabendo que o principal “culpado” disso foi a má análise do valor de sua empresa.
Como nós podemos te ajudar?
A Empresa Júnior oferece o serviço de Valuation, que é citado anteriormente e pode ser útil para você e à sua empresa, que demonstraram dificuldades em fazer essa projeção corretamente. Estamos sempre à procura de novos clientes, então caso tenha algum interesse nesse serviço entre em contato conosco! Alguns dos nossos principais projetos voltados a esse tema podem ser vistos aqui
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