Imagine que você tem um negócio que tem dado bons resultados e quer expandi-lo, porém, tem medo dos riscos que existem no investimento. Ou então, pense que você quer começar um empreendimento mas teme as incertezas existentes no mercado e não sabe como reduzi-la. É para isso que serve o Estudo de Viabilidade Financeira. Este é um método que busca guiar o empreendedor/investidor em seus primeiros passos, mostrando como as coisas devem ocorrer desde o princípio. Portanto, se já passou por uma das situações descritas ou tem interesse de como um EVF funciona de maneira mais aprofundada, não deixe de ler esse texto até o final.
O que é um EVF?
Em suma, é uma ferramenta que tem como finalidade avaliar a viabilidade financeira de um negócio, através de uma análise micro e macro do mesmo.
Porém, na prática, não é algo tão simples assim.
Para iniciar um estudo como esse, devemos fazer uma análise aprofundada do mercado, medir o tamanho do público-alvo do empreendimento e sua capacidade de crescimento conforme o tempo. Dessa forma, é possível projetar a receita do negócio – em outras palavras, estimar o faturamento anual do mesmo -. A partir dessa estimativa, devemos analisar todos os gastos e demonstrativos que a empresa teria a cada ano, para que dessa forma seja possível calcular sua projeção de gastos. Tendo essas duas projeções, conseguimos descobrir quanto espera-se que o negócio lucre com o passar dos anos.
Além disso, para tornar a decisão mais assertiva, devemos considerar o investimento inicial necessário para começar o empreendimento e, então, através do lucro já calculado anteriormente, observar em quanto tempo esse retorno do investimento acontecerá, ou seja, quanto tempo demoraria para que o sócio recuperasse todo o capital gasto no início, definindo se a empresa é viável ou não financeiramente.
Isso é apenas uma explicação bem rasa de como ele é feito, existem vários outros indicadores, como a Taxa mínima de Atratividade, a Taxa interna de Retorno ou o Valor Presente Líquido, que devem ser considerados, e contas que impactam diretamente na decisão final.
Vantagens de fazer um Estudo de Viabilidade Financeira
São diversos benefícios proporcionados a partir da realização de um EVF. Estes vão muito além de somente analisar os ganhos e despesas de um futuro empreendimento. Conforme mencionado anteriormente, é de conhecimento geral que existem flutuações econômicas inevitáveis que podem potencialmente afetar o investimento e todo o estudo que foi planejado. No entanto, mesmo diante disso, uma análise de viabilidade financeira deve antecipar os riscos para o negócio.
Um exemplo disso é quando analistas estudam as incertezas do mercado e dos agentes econômicos e conseguem afirmar com assertividade uma queda das taxas de juros nos próximos meses, o que está ocorrendo atualmente.Tendo isso em vista, fazer um estudo como esse exige profissionais capacitados e responsáveis, que conseguem ser assertivos ao máximo, seja para recomendar que o negócio deve ser levado adiante ou até mesmo que nem deve ser começado.
Assim, recomenda-se arquitetar um ideário pautado em 3 possibilidades, sendo o primeiro um cenário pessimista, o segundo um cenário realista e o terceiro um cenário otimista. Esta diretriz permite que o estudo seja mais embasado e crível, minimizando os possíveis riscos e antecipando as incertezas da economia.
Outro ponto a ser destacado é a importância de um investimento bem elaborado e com projeções futuras críveis. Mas como assim? Bom, pensemos em dois projetos: no primeiro, uma pessoa com um sonho de começar seu negócio inicia sua empresa sem fazer uma análise de mercado ao qual está inserido, sem ter prenúncios de receitas futuras e sem saber se seu empreendimento possui grandes chances de dar certo; no segundo caso, um empresário resolve contratar uma consultoria para fazer um Estudo de Viabilidade Financeira e analisa todos os riscos do mercado e a possibilidade de crescimento do mesmo, minimizando, assim, as incertezas que envolvem o projeto.
Em qual das empresas você acha que um investidor deveria investir? Com certeza na segunda. Isso só demonstra a importância de um EVF. Além disso, um serviço como o nosso, com um arcabouço técnico eficaz, passa uma credibilidade absoluta para um stakeholder, aumentando a possibilidade de conseguir outra pessoa disposta a colocar dinheiro em seu empreendimento.
Por fim, um dos problemas que muitas pessoas jurídicas enfrentam atualmente é a questão dos financiamentos. Muitas empresas precisam pegar dinheiro emprestado com os bancos para conseguir investir mais. Porém, nem todas conseguem esse financiamento em larga escala, sem contar com as altíssimas taxas de juros cobradas que dificultam ainda mais. Um projeto como este, que demonstra certa solidez financeira, com certeza seria muito mais bem visto pelos bancos e teriam seus créditos concedidos, diferentemente de uma empresa com grandes chances de dar errado, pois o banco sabe que uma empresa como essa seria muito menos capaz de honrar seus compromissos e pagamentos do que uma empresa de certa forma embasada.
Como atestar o real potencial de retorno de um novo projeto com um EVF?
Já tendo sido esclarecido sobre o que é um EVF e quais são as suas vantagens, agora é necessário explicar de que forma é possível utilizá-lo como base para se atestar o potencial retorno de um projeto. Como visto anteriormente, para analisar a viabilidade financeira de um empreendimento, primeiramente é necessário explicar como ele pode ser usado como base para avaliar o potencial de retorno de um projeto , que juntos, mostram o resultado líquido do negócio ao longo dos anos, apresentado visualmente na DRE. A partir desse resultado, é possível projetar o lucro ou prejuízo do exercício.
Apesar da projeção de lucratividade, para traçar o retorno potencial de um negócio, é necessário antes calcular o investimento inicial, em que consta todas as despesas necessárias para abrir um novo empreendimento, como burocracias, gastos com equipamentos, além de uma reforma, caso seja necessário, entre outros. Com isso, é possível ao valor que precisará ser investido para que o projeto saia do papel.
Por fim, é necessário realizar uma análise financeira utilizando os indicadores já citados anteriormente. Primeiramente, a Taxa de Mínima de Atratividade(TMA), calculada utilizando como base um investimento livre de risco e o risco padrão de um empreendimento, irá indicar o mínimo que o investidor deseja obter a partir do projeto. Outro indicador é a Taxa Interna de Retorno(TIR), que representa o retorno efetivo do negócio, de maneira percentual. Caso TIR>TMA, o projeto é atrativo para investidores, do contrário não.
Além disso, outro ponto analisado é o fluxo de caixa do empreendimento, que ilustra todo tipo de entrada e saída de capital por parte do negócio. É muito importante na análise do quanto dinheiro está disponível no caixa da empresa.
O investimento inicial está inserido nesta análise, portanto é natural, que no começo do projeto, o fluxo de caixa se mantenha no negativo, até que o dinheiro investido retorne. Existem três tipos de fluxos de caixa utilizados na análise financeira: livre, que representa o saldo disponível do empreendimento, descontado, que estima o valor do dinheiro no tempo(Calculado a partir do fluxo de caixa livre sobre uma taxa de desconto) e acumulado, que é a soma dos fluxos de caixa descontados ao longo do tempo.
E então, deve-se analisar 3 indicadores de suma importância para a decisão final sobre a viabilidade do projeto, são eles: VPL, Breakeven e Payback. O Valor Presente Líquido (VPL) consiste basicamente no valor da empresa no futuro, corrigido pela inflação e pela Taxa Mínima de Atratividade, ou seja, é o retorno esperado do projeto ao longo do tempo, mas trazido para as condições atuais. A partir deste indicador podemos ter uma noção do quão vantajoso será a criação/abertura do negócio, pensando no longo prazo.
Já o Breakeven, também conhecido como “ponto de equilíbrio”, ocorre quando o empreendimento passa a dar lucro ao investidor, portanto, é momento em que o faturamento se iguala às despesas e custos, e a partir disso, o resultado passa a ser positivo. O terceiro indicador, Payback, representa o tempo necessário para que a empresa consiga recuperar todo o investimento inicial. Apesar de não existir um período de tempo ideal, é adequado que o Payback ocorra pelo menos nos 5 primeiros anos de atividade do negócio.
Levando tudo isso em consideração, é possível obter algumas informações fundamentais de um projeto, como lucratividade, tempo de retorno do investimento, atratividade para potenciais investidores e, obviamente, a viabilidade do empreendimento. Com isso, é possível projetar de maneira mais assertiva o real potencial de um novo negócio.
Qual o melhor momento para se fazer um EVF?
A realidade é que não existe um melhor momento para se realizar este estudo. Porém, de acordo com tudo trazido anteriormente, é um um processo realizado para verificar a viabilidade de um projeto, logo, a maioria das pessoas decidem realizá-lo nas duas situações citadas em nossa introdução. Geralmente quando a empresa já existe e os sócios decidem expandi-la, com o objetivo de potencializar seu resultado. Ou então, quando um empreendedor quer tirar sua ideia do papel e colocá-la em prática, mas reconhece os riscos e visa minimizá-los.
O EVF é algo extremamente importante e que pode vir a ser necessário para qualquer tipo de negócio. Por isso devemos sempre estarmos alinhados com todos os conceitos trazidos, visto que são a base para estudos desse tipo. Além disso, esta é a forma mais adequada e segura para aqueles que desejam empreender e expandir seus negócios, pois a partir dela conseguimos minimizar os riscos existentes.
Pensa em começar um novo empreendimento, ou ainda expandir o seu negócio?
Aqui na Empresa Júnior oferecemos o serviço “Estudo de Viabilidade Financeira”, que conta com estratégias de análise de mercado para atestar o retorno potencial de um novo projeto.
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Autores: Fabrizio Pagnotta e Thiago Benevides